Minha história
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Minha história
minha missão
Eu, paulistano nascido em 1976 na cidade de São Paulo
Não posso começar a falar de mim sem falar das minhas origens, sou filho do Sr. Oswaldo nordestino que veio da Bahia para tentar uma vida melhor na cidade grande e por essa escolha acabou conhecendo minha mãe a Dona Alexandra, também paulistana filha de mineiros, eu o primogênito da família, nascido em 1976 na cidade de São Paulo, chamado de Junior em casa, e meu irmão Everton 2 anos mais novo formávamos uma família humilde e dedicada.
Meu pai era pintor de carros e minha mãe sempre trabalhou em vários empregos diferentes, depois de um tempo ela arrumou um trabalho no SESI da avenida Paulista como bibliotecária e foi assim que ela se formou na universidade com mais de 50 anos de idade e se aposentou nesta profissão, ou seja, família simples de trabalhadores que faziam de tudo para não faltar nada para os membros deste núcleo familiar. Realmente nunca nos faltou nada graças a Deus, mas também não tínhamos abundância para podermos fazer tudo o que queríamos, mas leite, pão, arroz e feijão, carne, ovo, saladas e verduras sempre estiveram presente no nosso cotidiano, e a possibilidade de pagar um aluguel também.
Meu pai, apaixonado por futebol e torcedor do Corinthians, nos transmitiu a paixão por esse esporte que é amado por muitos brasileiros. Íamos algumas vezes nos estádios em São Paulo para ver o Corinthians jogar quando era possível e foi daí que aflorou dentro de mim a paixão pelo futebol.
Nós morávamos no bairro do Belenzinho exatamente na rua Arinaia, na Zona Leste de São Paulo próximo ao metrô Belém, próximo do bairro da Mooca que por sinal é próximo do Parque São Jorge onde está localizado o clube até nos dias de hoje, uma vez meu pai me disse: “irei te levar para fazer um teste na escolinha do Corinthians”, no momento que ele me disse aquilo (risos), eu não parei de atormentá-lo todos os dias, até que um dia ele me levou, explodi de alegria porque eu queria ser jogador de futebol. Desde pequeno eu já tinha decidido qual seria a carreira da minha vida.
Fiz o teste e passei, isso foi no ano de 1984 minha idade era 7 para 8 anos, mas não fiquei muito tempo na escolinha, foram poucos meses não me lembro exatamente quantos, logo passei para a equipe dos federados e foi nesse momento que tudo começou. Nos anos 84 e 85 eu jogava e treinava somente futebol de campo, mas de 86 para frente, até a idade de juniores na época, sempre atuei no futebol e no futsal simultaneamente.
Foi naquele tempo que ganhei meu apelido…na equipe profissional do Corinthians tinha um atacante que se chamava Geraldão, fisicamente muito forte e negro como eu, foi então que um dos pais de um dos meninos que jogavam comigo começou a me chamar de Geraldão porque éramos muito parecidos fisicamente (risos), assim todos passaram me chamar por este apelido, mas em casa nunca deixei de ser o Junior.
No período da base que foi o período de formação, eu estudava na escola Pública do Guerino Raso próximo ao metrô Belém, nossa sorte, minha e do meu irmão, foi ter encontrado em nossos caminhos o professor de educação física Hélio Fontana, descendente de família italiana, que nos incentivou a fazer tudo quanto era tipo esporte na escola e também era um grande apaixonado por futebol. Joguei vários torneios de futsal pela escola, com o professor tenho contato até os dias atuais, ele ajudou muito na formação minha e do meu irmão e nossa gratidão por ele será eterna, considero-o como um pai para mim, ele é uma pessoa espetacular e não tenho palavras suficientes para descrever os meus sentimentos por ele e o quanto sua influência me guiou para me tornar o que sou.
Eu estudava, meus pais sempre me falavam: “você quer jogar perfeito, mas tem que ir bem na escola também” e foi assim que eles conseguiram com que eu fosse razoavelmente bem nos estudos, nunca fui um aluno acima da média porque bastava alcançar a média para poder continuar jogando era o que eu queria realmente, os clubes, o professor Hélio e meus pais sempre cobravam para tirar notas acima da média, quando eu andava abaixo da média a punição era ficar por um período sem o que eu mais gostava que era jogar futebol (risos) mas se isso aconteceu deve ter sido pouquíssimas vezes, se é que aconteceu realmente! (risos). Não me recordo bem, mas acredito que nunca tive que ficar sem o futebol.
Minha mãe se virava nos trinta com o trabalho dela para nos acompanhar nos treinamentos de futebol e futsal, além de nos levar para os jogos no final de semana, muitos jogos…realmente as competições dos 2 esportes eram sempre nos sábados e domingos, meu pai conseguia somente nos seguir nos jogos. Nunca foi uma logística simples e fácil, não existiam finais de semana e feriados pois praticamente eles nos levavam para jogar ou competir pelos nossos clubes sempre.
Eu já tinha 15 para 16 anos e nesse período meus pais não tinham condições de pagar escola particular para nós, porém graças ao esporte eu tive a possibilidade de estudar, o antigo 1° ano do Colegial no Objetivo da Paulista (1991) e o 2° e 3° ano no Colégio Bilac na Praça da Árvore na Zona Sul de São Paulo (1992 e 1993), com bolsa de estudo para poder jogar pelos colégios a Copa Dan’Up – Jovem Pan, torneio escolar muito famoso por sinal, quem é desta época irá se lembrar, assim me formei no curso como Técnico em Publicidade.
Nesse período eu já não morava mais no Belenzinho e sim na Vila Maria no bairro do Jd. Japão na Zona Norte de São Paulo, meus pais se separaram, estava chegando o momento de escolher o caminho a seguir, o futebol ou o futsal. No campo eu ainda não ganhava nenhum centavo, no futsal já tínhamos ajuda de custo, eu também já ajudava em casa. Depois para ir à escola eu tinha que atravessar a cidade, da Zona Norte para a Zona Sul, acordava todos os dias às 5 da manhã e voltava para casa meia-noite. Estudava, treinava pela equipe da escola para ter a bolsa de estudos, no período da tarde treinava futebol e de noite treinava futsal.
Nos finais de semana os jogos, decisões a tomar, meus pais separados, a Eternit era em Osasco e a GM em São Caetano, o transporte era ônibus, metrô e trem e quando era possível os pais dos outros meninos nos davam carona (eu nunca fui roubado dentro do trem, mas tivemos companheiros que o foram e até coronhada tomaram) lembro do quanto daqueles chocolatinhos “Moranguetes” comíamos dentro do trem para matar a fome, eram 10 por 0,50 centavos acredito eu (risos) nosso dinheiro era todo contadinho e não sobrava, mas irei ser bem sincero, se tivesse que fazer tudo uma outra vez eu faria tudo novamente, como experiência de vida foi mais que excelente.
Quando mudei para a Vila Maria eu e meu irmão poderíamos ter seguido o lado das drogas, do tráfico, dos roubos etc., infelizmente perdemos muitos amigos para os caminhos ruins dessa jornada, mas meu pai e minha mãe nos criaram muito, mas muito bem, com educação, honestidade e princípios, o esporte sem sombra de dúvidas nos levou a outros patamares nunca esperados, gratidão a Deus, aos meus pais e também ao esporte que realmente faz com que as pessoas mudem e transformem suas vidas.
Gera 15
Desde 1984 a 1995 (11 anos)
No futebol de campo na base atuei pelo Corinthians, Clube Atlético Juventus, da rua Javari na Mooca, e pelo Palmeiras.
No futsal na base atuei pelo Atlas, Maneca, Corinthians, Clube Atlético Juventus, EC Banespa, GM, Eternit (Osasco) e Wimpro (Guarulhos)
Lembrando que foi a partir de 94 ou 95 que começaram a me chamar pelo apelido de Gera que era mais curto e fácil de chamar.
Desde 1996 a 2013 como jogador profissional (17 anos)
Acabei optando pelo Futsal, foi o esporte no qual fiz a minha carreira, atuei em vários clubes importantes tanto nacionais como internacionais, morei em vários países diferentes, aprendi outras culturas e idiomas (italiano, espanhol e russo), conheci muitas pessoas, cidades e lugares que nunca tinham passado pela minha cabeça nem em sonhos, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente estádios que eu só conhecia pelos jogos transmitidos pela TV.
No Brasil atuei pelos clubes: Wimpro, Palmeiras, São Paulo FC, Banespa, Uninove, Intelli de Orlândia, AA Botucatuense.
No exterior atuei pelos clubes: Maspalomas Sol da Europa (Espanha), Fundação Jorge Antunes e SL Benfica (Portugal), Ansar (Cazaquistão), Cat Telecom (Tailândia), Sporting Marca, Carré Futsal Chiuppano, Sporting Cavaso Possagno (Itália) entre outros e atualmente vivo na Itália a 12 anos.
Além de tudo isso ainda tive a possibilidade de atuar contra e a favor de vários craques do nosso esporte ícones da modalidade, mas faltou sim a possibilidade atuar ao lado do Falcão joguei somente contra esse fenômeno. Vou citar somente alguns nomes com quem joguei porque se eu for citar todos os craques com quem tive a oportunidade de jogar esta lista não terá fim: Manoel Tobias, Serginho goleiro, Vinicius, Lenisio, Zé Elias, Vander Carioca, Índio fixo, Simi, Tiago goleiro, Alemão “cara de rato”, Cirilo, Ricardinho o Português melhor do mundo, Franklin goleiro, Tatu, André fixo, Euller, Leandrinho ala esquerda, Índio pivô, André fixo, Marquinho “Pilica” pivô, Paulinho Japonês e muitos outros.
Eu ainda jogava no Brasil e era o responsável contratado pela Diadora Brasil, uma marca italiana, que patrocinava 50 atletas escolhidos e geridos por mim.
Pós carreira
Formado pela FIGC 1° e 2° Nível (Federação Italiana de Futebol). Técnico Uefa habilitado para dirigir equipes da Série A e categorias de Formação/Base.
Treinador das Categorias de Base de vários clubes italianos de futsal e futebol na Formação/Base, do Sub 21 e Equipe Profissional da Série A2 do Campeonato Italiano de Futsal.
Fundador da JR Sport – Management. Gerenciamento de carreiras para profissionais do futebol e futsal desde 2012 – site: www.jrsport.com.br.
Diretor Geral da Juventus Soccer Schools – Brasil. Sete eventos realizados, cinco no Brasil (Club Athletico Paulistano – SP, Jockey Club de SP, Iate Clube de Brasília, Arena Soccer Grass Neymar JR, Ponte Preta de Campinas, e dois no Paraguai.
Formado na Itália Curso válido para a União Europeia. Em português Turismólogo. Em italiano: “ Operatore ai servizi di promozione e accoglienza: strutture ricettive”.
Jogar com 10 mil, 20 mil pessoas ou com o estádio cheio não é difícil, o difícil nesta vida é criar, educar, passar princípios e deixar um legado para os próprios filhos e pessoas que estão em torno de você isso sim é um desafio enorme.
Para jogar você é treinado para tal, além disso, muitos já nascem com este talento, fazem o que gostam, no final das contas você acaba agindo naturalmente. Eu sou pai de 3 filhos há 12 anos, isso sim é um desafio diário, eu venci e ainda estou vencendo em terra estranha, mas se eu venci vivendo tudo o que eu vivi, você também pode vencer!
As dificuldades fazem parte da vida de cada um de nós e cada uma delas é superada de uma forma diferente. Lutar para poder alcançar os nossos objetivos, ter curiosidade, disciplina, mente aberta para novos conhecimentos, praticar, acertar, errar, melhorar, se adaptar o mais rápido possível às dificuldades, encontrar soluções necessárias sempre que for preciso, ser intenso e ter continuidade sempre…enfim essas coisas fizeram a diferença para que eu pudesse trilhar a minha trajetória com caráter.